segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pancreatite aguda...

          Quando nos deparamos com um quadro de pancreatite aguda, qual a melhor conduta a se tomar? Aventurar-se numa abordagem cirúrgica? NÃO!!! É preciso antes nos colocarmos de lado, observarmos cautelosamente, deixar o pâncreas esfriar a "cabeça", colocar as enzimas no lugar, resolver sua própria condição patológia e chegar sozinho à uma condição mais estável.

          Passada a fase aguda do problema, em que a necrose nos impede de ver com cautela o que está acontecendo na intimidade pancreática, o que não pode mais ser retomado é transformado em necrose e o que ainda se encontra viável pode ir retomando aos poucos a sua função... Talvez nunca com a destreza de antes, mas numa nova situação de equilíbrio que pode suprir as necessidades corporais... O que é igualmente válido.

          Numa fase posterior, se ainda necessário for, uma abordagem mais ativa está indicada, mas somente se o processo danoso tiver concorrido para complicações que estejam a perturbar o pleno funcionamento das várias funções básicas do corpo...
Ainda assim a abordagem ficará restrita à reparação dos mecanismos interrompidos...

          Talvez o estudo de uma pancreatite nos ensine mais do que simplesmente resolver um abdome agudo... Mas a abordar com cuidado e nunca tentar reverter um sangramento de uma ferida ainda aberta... Por que a pressa? Algum demérito em se por de lado e apenas acompanhar a evolução do quadro? Agir só em situação de extrema necessidade também tem seus pontos fortes...

          Não se pode ver com clareza de dentro de tamanha desorganização estrutural, afinal!

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